"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É tempo de travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa







Não sou novela..... mas pode me acompanhar.

segunda-feira, julho 20, 2015

Assim como o amor, pra mim, a amizade, também é coisa de pele. Acho até que em muitas ocasiões vale mais que um amor, até porque amor e amizade são sentimentos bem parecidos, claro, para queles que valorizam estes sentimentos. Ás vezes nem sabemos se é amor, ou amizade, ou vice versa, ou os dois. Tenho o privilégio de ter grandes amores e amigos em minha vida e, alguns deles (amor ou amizade) estão comigo desde que nasci, desde que comecei a entender o mundo, a ter contato com as pessoas e saber dividir as alegrias e tristezas que esta vida nos traz. Há dias estou pensando sobre estes sentimentos que preenchem aquele lugar dentro de nós, que chamamos de coração. Pensando sobre estes sentimentos que devem ser cultivados com zelo pra não serem quebrados ou arranhados, mas se caso isso venha a acontecer algum dia, se o amor e amizade forem verdadeiros, vão permanecer intactos. São sentimentos que levam anos pra serem construidos, bem cuidados e pra que aprendamos a valorizar e confiar no outro. Durante a vida, aprende-se que não estamos e nem caminhamos sozinhos, estamos sempre ao lado de alguém, e, sempre teremos alguém ao nosso lado. Descobrimos muitas vezes que em uma amizade, não são serão somente flores, palavras doces e amáveis, mas sim , teremos momentos tortuosos, palavras verdadeiras, muitas vezes rudes, mas rezemos para que não sejam cruéis. Aprendemos a conhecer as pessoas e a valorizá-las pelo que são e não pelo que tem, a amar e gostar delas exatamente como são sem querer mudá-las ou aprisioná-las dentro daquilo que achamos que é certo e que serve como modelo pra gente, pois certamente não servirá para a outra pessoa, ou sim, mas que só cabe a ela decidir sobre isto. A confiança que construímos com as pessoas, muitas vezes levam anos pra serem adquiridas, mas levam apenas segundos pra serem destruídas e talvez, teremos arrependimentos que levaremos pro resto de nossas vidas. Passaremos por estes dois sentimentos, expressados de várias formas por quem nos cercam. Descobriremos que nem sempre a pessoa que amamos terá o mesmo amor ou a mesma forma de amar que queremos, aprenderemos que muitas destas pessoas, te amam ou são amigas de uma forma que nem mesmo elas sabem expressar e muitas vezes nem sabem demonstrar estes sentimentos. Teremos que conviver com estas pessoas, tentando lidar com isto pra que este amor ou amizade, seja respeitado e pra que possamos entender o outro lado. Temos que plantar as nossas sementes de amor e amizade hoje pra que no futuro elas possam ser colhidas e saboreados com o gosto doce da pureza, do respeito, da confiança, porque no futuro, estes mesmos sentimentos irão te mostrar o que foi verdadeiramente enraizado. Aprendemos que a jornada da vida muitas vezes é longa, mas também pode ser bem curta, portanto, saiba aproveitar este tempo que não vai voltar e que você um dia, vai lembrar com amor e carinho com todos aqueles que trilharam este caminho contigo. Faça valer à pena esta jornada chamada vida e como digo sempre, é ligada pelo fio dourado do amor! Feliz dia do amigo!

segunda-feira, julho 22, 2013

Êta saudade que não passa, não diminui, só aumenta.

E como não ficar triste, não sofrer ao lembrar do passado, mesmo que estas lembranças sejam boas e alegres? Como não ficar triste e não sofrer quando a Nathalia pergunta: “Vovó, ele tá trabalhando?” ou “Vovó, ele vai ir no aniversário da Didi”? (Didi é a como ela chama a Camile e o aniversário dela é em setembro) – mesmo ela sabendo da o que aconteceu, como se quisesse confirmar comigo se realmente é verdade que ele não vai mais voltar. Como não sofrer com esta verdade que é tão dura e tão triste pra todos nós que convivemos com ele, se eu mesma muitas vezes fico pensando que tudo não passou de uma pegadinha, de uma brincadeira e que um dia ele vai bater na minha porta e dizer: “voltei”. Como uma criança de 05 anos pode entender e aceitar? Procuro não sofrer tanto, não chorar tanto e pra isso, o que eu tenho que fazer? Não ter lembranças e nem ao menos olhar pra tanta foto que tenho na minha casa e principalmente na minha cabeça. Lembranças estas, desde o dia em que ele nasceu e que quando olhei pra ele, parecia que eu estava me olhando num espelho, de tão parecido comigo. E hoje, eu entendo porque as pessoas ficam tão revoltadas e até descrentes com a sua fé. Talvez um dia, eu volte a ter a mesma fé que um dia eu tive, porque por mais que eu tente entender e até tente achar explicações e justificativas pro que aconteceu, não consigo aceitar. Posso entender, mas não aceito. Como então, não lembrar e não sofrer? Impossível. Impossível hoje e sempre.

quinta-feira, junho 27, 2013

Filhos, minha vida!

Então quando a gente tem filhos, acha que eles crescerão sempre debaixo das nossas asas, que um dia quando casarem, forem independentes, mesmo assim, nós os teremos sob nosso controle e que claro, um dia, ficaremos velhinhos e eles estarão ali nos acompanhando. Isso, não é verdade. Descobri isto da maneira mais dura e cruel que se pode ter do que realmente é a vida real. Descobri isso, há 62 dias, quando perdi meu filho mais velho. Como já contei aqui antes, ele tinha Anemia Falciforme e, durante toda sua vida, esteve sob cuidados médicos e sempre fez uso de medicações que o mantinham bem e vivo (ao menos eu sempre achei isso). Mas como a Anemia falciforme, é uma doença que, além de ter muitas complicações, dentre elas dores insuportáveis, ela gosta de trazer outras doenças pra fazer companhia à ela e, são estas, as perigosas, as que mais deixam seus portadores com baixa imunidade e que na maioria das vezes, os matam. Foi isso que aconteceu com ele, com meu filho amado e que eu, achava (mesmo ele tendo todo este histórico)que ele era quase imortal. Achava isto por muitas razões. Por termos sempre convivido com a Anemia Falciforme desde que ele nasceu, por ele sempre ter conseguido passar por todas as barreiras de dores e outras complicações durante as internações, por eu sempre acreditar que a medicina um dia iria encontrar a cura para esta doença e para as outras que se agregam à ela, e finalmente porque sempre fui e sou (??) católica e devota de Santa Rita de Cássia. Tenho uma imagem dela super antiga, que era da minha avó e em muitos momentos de dor, de sofrimento, de quase perda do Marlon, recorri à ela e ela, sempre me ajudou não deixando que ele se fosse. Mas chegou um dia de internação hospitalar, como outros tantos que tivemos em nossas vidas, em que a doença "agregada", a Hipertensão Pulmonar, o deixou o mais vulnerável possível, como ele nunca tinha ficado antes, e que acabou vencendo a batalha que sempre tivemos durante seus trinta anos de vida e o levou. Hoje, 62 dias após o ocorrido, é que consigo escrever este texto que está na minha cabeça, há muito tempo. Tem muita coisa que ainda não consigo fazer como por exemplo em falar o que realmente aconteceu com ele, pois sempre uso as palavras "ele se foi". É difícil pra mim, acreditar que ele não está mais aqui conosco, que nunca mais vai bater na minha porta e me abraçar, ou que não vai mais me ligar, me enviar mensagens, email e noticias suas. É difícil pra mim, acreditar que ele se foi antes de mim. Isso deveria ser proibido nas leis divinas. Um filho jamais deveria morrer antes dos pais, pois acredito que não há dor maior que esta, da perda de um filho, por mais que amemos nossos pais, irmãos, marido, parentes. O filho, é o amor maior que uma mãe pode ter, nada se compara ao amor de uma mãe por seu filho. Nada. A saudade que fica é enorme e dói demais só em lembrar, só em saber que ele não estará mais aqui. Nos primeiros dias, após sua partida, fiquei muito mal, sofri muito (e sofro ainda) e ainda por cima, fiquei revoltada com Deus, com Santa Rita, por achar que eles me abandonaram e que nós não fomos merecedores de que ele ficasse bom e voltasse pra casa, como sempre. Dói em saber que a Nathália,filha dele, não terá mais o pai que ela ama tanto e que às vezes, ainda pergunta por ele, mesmo sabendo que ele se foi, mesmo sabendo a verdade. Dói quando se aproxima a data que ele partiu, dói olhar as fotos dele que tenho espalhada pela casa, dói em passar pela janela do apartamento dele e saber que ele não estará lá dentro e que não vai mais me dizer: "entra mãe".... (pausa); dói em saber que não vamos mais tomar um chimarrão juntos, sentados no banco da praça, no condomínio onde moramos, dói quando a Nathália chora pedindo pelo pai dela, dói ter que festejar o aniversário dela sem a presença dele e que ela agora com 5 anos, regrediu e muitas vezes, começa a falar como bebê, logo ela que sempre foi bem articulada na linguagem, dói às vezes quando ela ainda pergunta: "vó, meu pai tá trabalhando, ele vai voltar?" como se quisesse realmente se certificar comigo de que é verdade, que ele não vai mais voltar, dói em ver que minha filha Camile de 14 anos, que é madrinha da Nath, NUNCA mais quis ir pra casa da minha nora e geralmente está fechada numa concha como se tivesse deletado toda esta situação pra não sofrer. Dói em saber que meu filho Marvin, não vai mais ter o irmão dele pra dar conselhos, pra ver o jogo do Inter juntos e gritarem "feitoooo" na janela na hora do gol. Dói tanta coisa que seria infinito descrever tudo aqui. Um dia, espero voltar a escrever um texto em que eu não esteja tão sofrida, tão amarga e tão baixo astral. Um dia, espero voltar a fazer tanta coisa que nunca mais fiz na vida simplesmente por não ter vontade, por não sentir necessário e nem sentir falta, como se a presença dele aqui, na minha vida, fosse o único motivo pra eu fazer tudo que não faço mais. Tenho consciência de que tenho mais dois filhos, tenho minha neta, nossa estrelinha Nath, meu marido, minha família e por isso não deixei de amá-los, só não tenho mais ele pra amar e isso atrapalha um pouco minha vida, minha rotina e a vontade e desejo de fazer certas coisas, como por exemplo, participar de um simples churrasco. Tenho lutado contra isso tudo, tenho tentado não ser uma pessoa deprimente, chata e chorona na frente dos outros, mas à vezes, é incontrolável, é mais forte do que eu e eu simplesmente choro todas as lágrimas que tenho dentro de mim até secar. Espero ter alegria natural, sem forçar, a ter vontade de pintar minhas unhas, de usar maquiagem, de dançar de novo, de cantar alto e dançar.... a ter vontade de fazer tudo naturalmente como eu fazia antes. Sei que isso ainda vai demorar muito, que esta dor vai ser pra sempre, mas espero que um dia, ela doa menos, pois sei que é só isso que posso esperar, doer menos, pois sei que ela nunca vai parar de doer. Espero ter forças pra poder dar forças pra outras pessoas, espero ser positiva de novo, espero fazer as pazes com minha religião, espero, espero, espero tanta coisa...... Sei que tenho minha família e meus amigos que estão sempre do meu lado, me apoiando, por isso, quero poder dar alegria a eles também. Espero um dia, voltar a ser eu de novo (se é que isso é possível).

quarta-feira, março 21, 2012

21 anos! Não é brincadeira não!


Bah, mas faz muito tempo que não passo por aqui, desde o ano passado.
Confesso que gosto muito de escrever, mas com a falta de tempo e a facilidade e modernidade do Facebook, tenho escrito muito pouco e postado bastante por aquelas bandas.
Mas hoje é um dia especial.
Sempre gosto de escrever histórias de vida de outras pessoas, geralmente de amigos, mas hoje quero postar uma homenagem a mim e ao meu marido.
Estamos juntos há 21 anos, depois de tantas lutas, batalhas, amores, filhos, sorrisos, tristezas, choros, decepções, mas muitas, muitas alegrias, continuamos a nos amar como sempre.
Por isso, hoje dia 21/03/2012, comemoro este dia agradecendo a Deus por tudo que tivemos durante estes anos todos juntos.
Ao meu amor, ao nosso amor, à nossa felicidade! 21 anos de vida, muita felicidade!

terça-feira, outubro 11, 2011

Marido bem tratado.

"Marido bem tratado"!!!

Uma mulher acompanha o marido ao consultório médico.

Depois de ser atendido, o médico chama a esposa reservadamente diz:

- Seu marido está com stress profundo. A situação é delicada e, se a senhora não seguir as instruções que vou lhe passar, seu marido certamente vai morrer.
São apenas 10 instruções que salvarão a vida dele:

1) Toda manhã, prepare para ele um café reforçado;
2) Para o almoço, ofereça refeições nutritivas;
3) Para o jantar, prepare pratos especiais, tipo comida japonesa, italiana, francesa;
4) Mantenha em casa um bom estoque de cerveja gelada;
5) Não o atrapalhe quando ele estiver vendo futebol;
6) Pare de assistir novelas;
7) Não o aborreça com problemas do universo feminino;
8) Deixe-o chegar no horário que desejar;
9) Nunca questione onde estava;
10) Atenda aos seus desejos

No caminho de Casa, o marido pergunta o que foi que o médico disse:

E ela respondeu:

- Ele disse que você vai morrer.

Recebi por email da minha prima. Adorei....hehehehe

terça-feira, setembro 06, 2011

Dentro de uma bolsa feminina cabe......




Bem, vocês já perceberam a quantidade de quinquilharias que uma mulher carrega dentro de uma bolsa? A maioria das coisas não fazemos uso, pelo menos "todos os dias". Resolvi fotografar minha mini bolsa que estou usando hoje e o que tem dentro dela:
- óculos de grau (muito necessário - sem eles não enxergo direito);
- óculos de sol (necessário);
- sacolinha leva tudo (mais ou menos necessário - pode surgir aquela comprinha no meio do dia);
- chaves e chaveiro (muito necessário, sem isto não saio e nem entro em casa);
- esmalte (pode acontecer de ter que "remendar"... é, necessário);
- celular (mutíssimo necessário);
- agenda velha (é, pode ser que seja necessário);
- niqueleira (sempre precisamos de moedas.... pode ser necessário);
- fone de ouvido (hiper necessário pra poder ir pra casa escutando uma músiquinha básica);
- cartão do tri (extremamente necessário);
- escova de dente (super necessário);
- bolsinha com meus patuás (tem de tudo ali dentro, de todos os santos... ora, pra quê? pra proteger é claro - super necessário);
- ha, claro.... contas pra pagar. Afinal hoje é o 5o dia útil do mês... e espero que já tenha saido minha grana, senão.... vou ter que carregar amanhã novamente

Como eu consegui enfiar tudo isso nesta minúscula bolsa? Só as mulheres sabem, compreendem e entenem. Portanto, beeem normal.

Por hoje era isso.
Bom feriado de 7 de setembro!

sexta-feira, agosto 12, 2011

Sem Noção!


Hoje no programa Mais Voce, mostrou uma reportagem sobre etiquetas, de como por exemplo, as pessoas devem se comportar ao atender o celular em público.
Eu chamaria a matéria de como se ter ou não educação ao falar em público, seja ao telefone ou mesmo simplesmente dividindo um assunto com amigos, pois tem gente que se comporta como se fosse o centro das atenções. Isto no ônibus, na fila de banco, em restaurante, ou seja, em lugares públicos, onde além do falante, há milhares de pessoas que também querem conversar e poder ouvir o que lhe interessa. Diria mais ainda, estas pessoas são completamente "sem noção". Somam-se a estes:
- os que atiram a fumaça do cigarro na tua cara;
- os que escutam o radio do celular a todo volume dentro de um ônibus lotado onde as pessoas querem ouvir sua própria música, ou não ouvir música nenhuma;
- os que fazem xixi de pé (mulher) e não tem o respeito e a higiene de limpar a tampa do vaso depois que usam pra que outra pessoa possa usar e deixam a tampa toda molhada......de xixi;
- os que "coçam" as partes com a maior cara de pau em plena rua;
- os que furam fila;
- os que soltam pum dentro do ônibus, elevador
- os que resolvem brigar pelos sites de relacionamento, expondo os amigos ao ridículo;
- Teu chefe te pedir pra trabalhar no domingo (sábado até pode, mas domingo...);
- jogar a garrafa pet pela janela do carro, do ônibus, da lotação;
.....e por aí vai.

Vocês também ficam indignados? Querem aumentar a lista? Escreve aí vai!